quinta-feira, 11 de março de 2010

O circo chegou!

Passou agorinha anunciando a chegada de um circo na cidade... estreia amanhã. Aí me lembrei que tinha mais palhacinhos aqui para postar e que eu tinha esquecido.
Quando eu era criança eu não achava graça do palhaço, não conseguia rir, nem sorrir. Para mim, o palhaço representava a pior parte do circo, a que me fazia chorar.
Eu olhava para aqueles homens vestidos de palhaços e sentia uma dor tão grande que não dava para explicar. Ficava imaginando o rosto, a verdadeira voz, onde morava, onde comia, se tinha família, se era mesmo tão sorridente o tempo todo quando despia-se da fantasia.
Os palhaços, como os poetas, me comoviam.
Sou do tempo do palhaço Carequinha. Eu ri com ele uma vez. Foi na concha acústica lá na praça em Cambuci.
Depois de grande eu ria com o riso das crianças, das coisas tão simples que as faziam gargalhar, ria mais delas do que deles e ainda rio.
Pra mim os palhaços sempre terão um lugar aqui dentro. A boca pintada, escancarada, sorrindo sempre, mesmo sem motrar os dentes.
Eu vejo por trás da fantasia e do sorriso pintado, os olhos tristes dos palhaços da minha infância.
Hoje é só uma lembrança.
Hoje entendo a arte.
Mesmo que sofram fora do picadeiro, faz parte.
O palhaço é sonho, alegria, encanto,  magia... é a criança do homem que se veste, por epetáculos se diverte encantando ou despertando emoções diversas.





Sei lá, espero que hoje não haja muita criança  do jeito que eu era.. 
Pensando bem nao é  tãaaao ruim assim.
Era um outro de jeito de enxergar a vida (o meu jeito), querer experimentar o que vem depois da fantasia ou o que está por trás dela... sei lá...
Talvez.

Beijo, beijo
Cláu

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