segunda-feira, 29 de março de 2010

Garganta

triste do amor que acaba do jeito que o nosso acabou
triste do amor que termina com o mesmo mal estar
e deixa no seu rastro uma saudade sem-vergonha
um imenso vazio, uma fome imensa e uma dor medonha
triste do amor que teima em soluções muito definitivas

que sensação de fracasso depois de tantas tentativas
pra recuperar um velho entusiasmo
que foi afundando dia menos dia
e sumiu no marasmo


  o que fica pra nós disso tudo é um acordo inconformado
nós que agimos do modo que achamos mais civilizado
dói saber que apesar de ja ter sido bom
fica a impressão de muito tempo perdido
dói saber que se a gente se vir na rua vai se sentir inibido


fim.

Cláu - Fátima Guedes - 29-03-2010

2 comentários:

  1. "como mania explícita da qual separo o erro do barato falho e no seu paradeiro ser o um no um
    como dispenso as calas e cato no seu cume de divino ver-te o ter e o ver de ser-te como mais nenhum"

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  2. Gustavo Polycarpo Péres1 de abril de 2010 às 07:22

    "te dei meu coraçao para tomares conta"

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