sábado, 2 de fevereiro de 2008


Sinto falta da sua presença
Mas a presença da sua ausência me faz bem.
Assim, faço as coisas pensando em você.
As arrumações, as compras, as músicas,
A dança, as sandices, os devaneios, os sonhos...
Tudo parece mais concreto na sua ausência.
Penso que isto não é bom.
Penso que nem sei interpretar, traduzir...
Ando muito machucada
Escabreada também...
Por dentro nem sei como está
Não tenho olhado muito
O reflexo aparece no espelho
Na coluna, na insônia, na falta de risos,
Na falta de lágrimas,
Na falta de vontade...
Na falta.
Quando você chega sinto uma alegria
Que não dura...
Basta um olhar seu, um gesto, um cheiro
Uma palavra e ela vai-se embora,
Tão depressa...
E a presença querida volta a querer a ausência.
Inspiramos cuidados, mas quem se importa?
Uma parte do tempo é trabalho
Outra parte do tempo é dormida
Outra parte do tempo se perde
E as falas tornam-se calas
E a vida torna-se ferida.
Creio agora que por dentro
Não esteja bom,
Assim como este texto,
Mas eu estou nele,
Eu sempre estou.

Cláudia – 02/02/08 -

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