quinta-feira, 3 de março de 2011

... um estragador de sonhos

... ai  dia que não passa.
Como posso ser assim tão indefinida?
Quando você estava pra não sei onde e me deixou em paz por uns dias eu pensei que fosse me recuperar, eu estava me recuperando. Aí, chega você e começa a tortura.
Os torpedos caem como bombas!
Os emails, menos frequentes, quase monossilábicos, me fazem querer atravessar a janela mesmo com grades!...
...De tantos furos, pareço uma peneira! Melhor assim. Antes me achava membrana.  Permeável, mas seletiva. Agora, peneira...
Por esses mesmo furinhos, tão demais e tão juntinhos é que vou peneirar você da minha vida. Vou sentir você vazar como o que não presta ao garimpo.
Você é um estragador de sonhos, de vidas, de reputação. Nenhuma mulher sai ilesa depois de você.
E ainda vem com uma conversa, mais literatura que palavra, de fazer tudo o que sempre sonhei... mas com ela!
Que injustiça isso! Que injustiça tudo!
Você saiu daqui com ela embaixo do braço, trancou a porta, levou a chave e me deixou presa nesse imenso espaço vazio. Assim é muito fácil!
Faz um favor?
Não me mate aos poucos, porque eu sobrevivo. E sobreviver é uma coisa que eu não preciso.




Cláudia, em qualquer noite dessas, 19...22...24...fev. 2011

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