quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Madruagada adentro

Não foi preciso esforço algum pra eu amar você.
Você era encantado, encantador.
Sua voz, seu sorriso, sua falta de siso vez em quando, sua tristeza, sua melancolia, sua falsa e verdadeira alegria, sua sede de vida, seu medo da morte, da solidão, do anonimato, sua persistência em manter-se nos atos mesmo que não valessem à pena... Sua imperfeição, sua fantasia antiga de ter meus cabelos nas mãos... seus olhos de fome, sorrindo, juvenis. A mordida nos lábios, o balanço das mãos sempre orquestrando uma conversa, um doende na árvore e eu entro nessa, de conversar com doende que eu realmente via.
A primeira conversa... Deus, madrugada adentro!Não caio fora, não o deixo sozinho e você ainda pergunta _ todos se foram, por que só ficou você?_ sorvo o que me serve... e risos!
O primeiro beijo e a pergunta _"tem certeza?"_ 
Chocolate com água, abraço de despedida no portão nos trazendo de novo à festa...
Não foi nada difícil amar você...
Bilhetes embaixo da porta - "Minha querida, como te encontro?" - 
Tapete de Acácias no corredor em setembro... 
E agora, quanta dor!
Não, não foi difícil amar você... O meu Guma tão sonhado... Que pra Lívia nunca estive!


Cláudia - 03/01/2011 -

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