Não foi preciso esforço algum pra eu amar você.
Você era encantado, encantador.
Sua voz, seu sorriso, sua falta de siso vez em quando, sua tristeza, sua melancolia, sua falsa e verdadeira alegria, sua sede de vida, seu medo da morte, da solidão, do anonimato, sua persistência em manter-se nos atos mesmo que não valessem à pena... Sua imperfeição, sua fantasia antiga de ter meus cabelos nas mãos... seus olhos de fome, sorrindo, juvenis. A mordida nos lábios, o balanço das mãos sempre orquestrando uma conversa, um doende na árvore e eu entro nessa, de conversar com doende que eu realmente via.
A primeira conversa... Deus, madrugada adentro!Não caio fora, não o deixo sozinho e você ainda pergunta _ todos se foram, por que só ficou você?_ sorvo o que me serve... e risos!
O primeiro beijo e a pergunta _"tem certeza?"_
Chocolate com água, abraço de despedida no portão nos trazendo de novo à festa...
Não foi nada difícil amar você...
Bilhetes embaixo da porta - "Minha querida, como te encontro?" -
Tapete de Acácias no corredor em setembro...
E agora, quanta dor!
Não, não foi difícil amar você... O meu Guma tão sonhado... Que pra Lívia nunca estive!
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